Venda de livros físicos ainda é superior a de livros digitais; entenda as razões
24 de março de 2023
As grandes transformações que decorrem do progresso tecnológico sempre causam impacto nos hábitos de consumo predominantes em cada período. Quando os livros digitais se popularizaram no Brasil a partir de 2010, muito se discutiu sobre o fim das mídias físicas. Os e-books revolucionaram a interação entre leitor e conteúdo, tornando a prática da leitura mais dinâmica e conectada a outras fontes de informação. O livro físico, em contraste, tornou-se uma mídia fechada em si mesma – mas nem por isso perdeu sua relevância, na contramão das previsões alarmistas.
Pesquisas recentes comprovam que há espaço para as duas modalidades no mercado editorial brasileiro. Para a surpresa dos que decretaram o fim do impresso com a chegada do e-book, os livros físicos demonstram ainda ocupar a preferência do público. O levantamento divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) no início de 2023 evidenciou que, ao fim de 2022, o setor editorial registrou alta de 2,98% em comparação a 2021 – arrecadando aproximadamente R$2,54 bilhões em receita, provenientes da venda de 58,61 milhões de exemplares.
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Recuperação pós-pandemia
Assim como todos os setores comerciais, as editoras e livrarias também enfrentaram períodos de crise em 2020, durante os decretos de lockdown. No Brasil, os estabelecimentos passaram (em média) 4 meses fechados, o que gerou efeitos drásticos nas vendas – somado à redução do poder de compra do brasileiro e a instabilidade econômica geral do país.
De acordo com a Associação Nacional das Livrarias (ANL), a venda de livros físicos caiu 20% durante 2020, ao mesmo passo que os produtos e transações digitais foram alavancados. Foi em 2021 que o setor voltou a ganhar força, registrando números similares aos do período pré-pandemia (2019), que simbolizaram um crescimento anual de 30% no setor. A ANL constatou, ainda, que abriram mais livrarias do que fecharam em território nacional, entre 2021 e 2022 – o que reduziu foi o número de grandes livrarias, que cederam espaço para um grande número de novas livrarias pequenas.
Públicos diversos, preferências distintas
Prever a completa substituição da mídia física pela digital é reduzir a atividade de leitura à estrita dimensão do conteúdo. Para muitos leitores, ler faz parte de uma ampla experiência sensorial – o toque da folha, o cheiro das páginas, os detalhes gráficos de cada edição. São sensações que, em muitos casos, promovem o engajamento na leitura e ajudam o leitor na memorização do que está consumindo, ao internalizar a informação por meio de vários sentidos.
Diferentes públicos apresentam preferências distintas, adequadas às necessidades de cada contexto. O ambiente universitário é um bom exemplo de contexto onde os livros digitais prosperaram e simbolizam, hoje, grande contribuição no desenvolvimento de pesquisas acadêmicas. Para quem cursa uma graduação ou pós-graduação, com ampla carga bibliográfica básica e complementar, é interessante que as leituras não gerem peso e volume, e possam ser acessadas a qualquer hora, de qualquer lugar. Também é vantajoso poder conectar o conteúdo do livro a outras fontes de informação digital, otimizando a pesquisa. Os e-books ainda viabilizam o acesso a materiais difíceis de encontrar no Brasil – como publicações internacionais -, com preços muito mais acessíveis do que as mídias físicas (que precisam incluir custos de impressão e distribuição no valor repassado ao consumidor).
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