Alunos, professores, gestores e demais agentes da educação há anos acompanham a ascensão da modalidade EAD dentro da realidade educacional brasileira. Entre 2009 a 2019, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) verificou um aumento de 378,9% no número de matrículas em graduações à distância, saltando de 330 mil para 1 milhão e meio de estudantes praticantes da modalidade. Em comparação ao ensino presencial, que cresceu apenas 17,8% no mesmo período, fica nítido o destaque do EAD entre as tendências para o futuro da educação no Brasil.

Tais dados, levantados através do Censo da Educação Superior 2019 (promovido pelo Inep), registram a primeira vez em que o número de matriculados em graduações EAD superou o número de optantes por cursos presenciais em toda a história da educação brasileira. Marco que simboliza uma mudança de mentalidade entre a comunidade acadêmica do país que, por diferentes necessidades, passou a abraçar novos caminhos de ensino-aprendizagem que vão além do método tradicional de ensino.

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Considere que, em 2019, 63,2% das mais de 16 milhões de vagas para educação superior disponíveis no Brasil foram ocupadas pela modalidade EAD sem que houvesse qualquer recomendação relativa à prática de distanciamento social ou contenção da transmissão da Covid-19. O momento convida a analisar o tamanho da força e impacto que a modalidade EAD tem potencial para alcançar na educação brasileira, diante da instabilidade social e econômica deixada pela pandemia em 2020.

Inovação

Através da tecnologia, o ensino a distância chega para atualizar a realidade educacional brasileira propondo novas formas de ensinar e aprender. Ambientes Virtuais de Aprendizagem, videoconferências, videoaulas, bibliotecas digitais e outras tantas ferramentas interativas que possibilitam as trocas intrínsecas ao processo de ensino-aprendizagem sem a obrigatoriedade do contato presencial. Os recursos digitais da atualidade expandem os limites da educação e oferecem novas facilidades aos estudantes, sem abrir mão da qualidade em conteúdo, didática e planejamento pedagógico que garantem uma experiência enriquecedora ao aluno.

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Flexibilidade

Ao redefinir as fronteiras do ambiente educacional, o EAD promove maior democratização do ensino. Existem diferenças no perfil dos estudantes que procuram por cursos presenciais ou a distância. Indivíduos que trabalham em período integral, que têm filhos ou que enfrentam dificuldades de locomoção urbana encontram no EAD uma nova oportunidade de ingressar no ensino superior. Com mensalidades mais acessíveis (se comparadas às do ensino presencial), o EAD também leva o sonho do diploma a novas camadas sociais, que até então eram mantidas à margem da capacitação profissional.

Novo olhar para a educação

Há anos, educadores e gestores já percebiam a necessidade de romper com o sistema de ensino limitado e ultrapassado que vêm sendo reproduzido por décadas nas instituições brasileiras. O EAD desponta como uma alternativa moderna, mais adequada à realidade digital contemporânea e que melhor dialoga com os novos hábitos de consumo de informação dos estudantes. A revolução digital delineou comportamentos do século 21 e transformou a internet em uma companheira de todas as horas – e o setor educacional só tem a ganhar ao abraçar esta nova realidade dinâmica e conectada.

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