Novo ensino médio: formação técnica integrada, concomitante e subsequente. Entenda as diferenças
26 de janeiro de 2022
Com a chegada de 2022, escolas públicas e privadas do Brasil iniciam o primeiro contato prático com os moldes propostos pelo novo ensino médio. A expectativa do MEC é que, neste ano, todas as turmas de primeiro ano do ensino médio já estejam adequadas à nova proposta curricular. A transição gradual deve atingir sua totalidade até 2024, quando todos os alunos da faixa cursarão um ensino médio orientado por áreas do conhecimento, itinerários formativos, formação técnica e profissional e projetos de vida.
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A principal mudança proposta pelo novo ensino médio é integrar a formação escolar com as demandas da sociedade, facilitando a entrada do aluno no mercado de trabalho. Possibilitar, ainda no ensino médio, que o estudante explore seus interesses e aptidões através de formações específicas, a fim de viabilizar seu projeto de vida. A formação complementar acontecerá via itinerários formativos, que ocuparão 1200 das 3000 horas formativas totais do novo ensino médio. Cada instituição poderá ofertar até cinco itinerários formativos, sendo quatro alinhados às áreas do conhecimento e um dedicado exclusivamente à formação técnica e profissional.
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A formação técnica e profissional conecta escola e mercado, em parcerias entre redes de ensino e empresas locais para oferta de estágios e experiências formativas. Desta forma, as competências profissionais serão desenvolvidas dentro da carga horária do ensino médio, formando cidadãos capacitados para além da teoria. Ao considerar o itinerário de formação técnica e profissional, as escolas podem optar entre diferentes modalidades – integrada, concomitante, concomitante intercomplementar ou subsequente. Gestores que agora se adaptam ao novo ensino médio precisam identificar as modalidades mais adequadas à realidade da instituição.
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FORMAÇÃO TÉCNICA INTEGRADA
A formação técnica integrada é ofertada aos alunos que já concluíram o Ensino Fundamental. Através de uma matrícula única na mesma instituição, o estudante cursa o novo ensino médio e a habilitação profissional técnica ao mesmo tempo. A última etapa da educação básica é cursada em um turno, e a capacitação técnica no turno oposto, de forma integrada. Ao fim do período, o estudante recebe dois certificados – de conclusão do ensino médio e de conclusão do ensino técnico. O que caracteriza a modalidade da formação técnica integrada é a matrícula unificada, que garante o curso tanto do currículo escolar quanto da formação técnica, ambos ofertados pela mesma instituição.
FORMAÇÃO TÉCNICA CONCOMITANTE
A formação técnica concomitante está disponível aos alunos que ingressam ao novo ensino médio ou que já estejam em curso. A diferença entre a modalidade integrada e a concomitante é que, na segunda, efetuam-se matrículas distintas para o ensino médio e para o ensino técnico. A capacitação técnica lança mão das oportunidades educacionais disponíveis, que podem ser em unidades da mesma instituição de ensino ou ofertadas por diferentes instituições ou redes de ensino. Novamente, o curso técnico é cursado em contraturno à educação básica – de forma concomitante (simultânea), e não integrada.
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FORMAÇÃO TÉCNICA CONCOMITANTE INTERCOMPLEMENTAR
Semelhante à formação concomitante, a formação técnica concomitante intercomplementar também ocorre simultaneamente ao ensino médio. O que difere a modalidade é que, na concomitante intercomplementar, o curso técnico é necessariamente ofertado por uma instituição distinta, também com matrículas separadas. Através de ação de convênio ou acordo de intercomplementaridade, se estabelece uma parceria entre a escola que oferta o ensino médio e a instituição/rede de ensino que oferta a capacitação técnica. As duas partes se unem para desenvolvimento e execução de um projeto pedagógico unificado, ofertando formações integradas no conteúdo.
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FORMAÇÃO TÉCNICA SUBSEQUENTE
A formação técnica subsequente, por sua vez, é a opção disponível para alunos que já finalizaram o ensino médio e buscam ingressar rapidamente no mercado de trabalho. Pode ser ofertada pela mesma instituição onde o ensino básico foi concluído, ou por uma instituição distinta. O requisito, neste caso, é a conclusão do ensino médio antes do início da capacitação técnica. Portanto, esta modalidade não se adequa à composição de itinerários formativos voltados à formação técnica e profissional no novo ensino médio. As demais modalidades (integrada, concomitante e concomitante intercomplementar) podem ser consideradas pelas instituições que agora se adaptam ao novo ensino médio.
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