Gestão de Design: novo livro sugere a inserção do Design na cultura organizacional como estratégia para inovação
20 de outubro de 2022
O design é, antes de tudo, uma disciplina para o bem-estar social. Com soluções que elevam a qualidade de vida nos âmbitos econômico, cultural e/ou ambiental, o design convida a repensar o mundo em que vivemos. Quando entendido como atividade sistêmica, o design se torna um valioso recurso de planejamento estratégico dentro das corporações. O livro “Gestão de Design: estratégias gerenciais para transformar, coordenar e diferenciar negócios”, da Dra. Virgínia Borges Kistmann, reúne metodologias e técnicas de gestão de design que contribuem para a diversificação das ações empresariais a nível interno e externo. Em sua mais recente publicação, a pesquisadora demonstra como a aplicação estratégica do design é semente para a conquista de resultados mais competitivos e inovadores dentro das organizações.
O livro estará disponível nas livrarias brasileiras a partir do mês de setembro. O lançamento oficial acontecerá em Curitiba (PR), no dia 04/11 às 18h30, na Livraria da Vila (bairro Batel). Na presença da autora, o evento promoverá sessão de autógrafos e bate-papo sobre as múltiplas potencialidades do uso do design no contexto corporativo. Com alegria, Dra. Virgínia Kistmann convida o público geral a prestigiar o evento, que será gratuito.
A estrutura da gestão de design
Mais do que uma especialização técnica, o design precisa ser compreendido como uma disciplina integrativa no mercado contemporâneo; capaz de articular distintas áreas do conhecimento de acordo com os novos problemas que se apresentam. Essa é a proposta da gestão de design: uma abordagem transversal que sistematiza a atividade de design como um todo, promovendo diálogo entre designers e demais atores envolvidos nos projetos, e formalizando os processos internos das empresas por meio de uma administração focada em integração organizacional.
Enquanto parte da estrutura administrativa das empresas, a gestão de design tem sua atuação dividida em três níveis: estratégico, tático e operacional. “O nível estratégico é considerado como o nível em que uma transformação na empresa como um todo pode ser operada. Nele são definidas a visão, missão e valores a serem tomados pela a empresa e as competências a serem desenvolvidas para atender os processos de inovação esperados. O nível tático compreende a coordenação de programas, projetos e ações para a implementação da estratégia definida. E o nível operacional é aquele em que uma diversificação em termos de produtos, sistemas, serviços ou negócios pode ser conseguida efetivamente”, explica Dra. Kistmann, que já atuou como docente em graduações de Design no Brasil, na Alemanha e na França. “A importância em se observar esses três níveis é que, por meio deles, a integração do design como uma das competências empresariais pode ser conseguida, facilitando os processos de inovação”, complementa.
Design como estratégia e cultura organizacional
O posicionamento estratégico de uma organização se expressa na resposta a um novo cenário futuro identificado. Já o design, se aplicado como estratégia no nível operacional, oferece uma nova narrativa que redefine a performance e gera produtos/serviços revestidos de significado para os clientes. Na gestão de design, gerar novas soluções de oferta de valor é uma atividade central, mas não a atividade final; considera-se o resultado não somente em forma de produto, mas como seu desmembramento em produtos, serviços, negócios e/ou sistemas mediados por experiências que afetam o branding. Dentro das empresas, sejam públicas ou privadas, interpretar a gestão de design como uma ação de governança torna-se um diferencial competitivo.
A inserção do design na estrutura organizacional contribui para a inovação e o enfrentamento estratégico de desafios – para além do desenvolvimento de produtos finais mais eficientes. “A geração de produtos de modo isolado, sem alinhamento com as estratégias empresariais voltadas aos desafios a serem enfrentados, possui o risco de insucesso grande, porque, além de caminhar em um sentido não necessariamente alinhado com elas, não têm ações de coordenação que dariam suporte necessárias ao novo produto, processo, sistema, negócio ou serviço”, salienta Dra. Kistmann. No segundo capítulo da obra, a autora explora as bases da administração estratégica e o uso do design na elaboração do pensamento estratégico.
O livro “Gestão de Design: estratégias gerenciais para transformar, coordenar e diferenciar negócios” é fruto da falta de bibliografias em língua portuguesa que tratem sistematicamente da gestão do design, e orientem a transformá-lo em uma competência organizacional. Ao longo de 6 capítulos, temas como Design Thinking, administração estratégica, análise Swot e o papel do gestor de design na empresa são solidamente fundamentados pela pesquisa e experiência teórico-prática da Dra. Virgínia Kistmann. “Embora o público-alvo sejam estudantes e profissionais do campo do Design, o livro apresenta enfoques que também podem ser expandidos para o campo da Administração ou da Engenharia de Produção”, recomenda a autora.
Lançamento do livro “Gestão de Design: estratégias gerenciais para transformar, coordenar e diferenciar negócios”, de Virgínia Borges Kistmann
Data: 4 de novembro de 2022
Horário: 18h30
Local: Livraria Da Vila (Av. do Batel, 1868 – Loja 314 – Batel, Curitiba/PR, 80420-090)
Evento gratuito e aberto ao público
Ficha técnica
Livro: Gestão de Design: estratégias gerenciais para transformar, coordenar e diferenciar negócios
Autor: Virgínia Borges Kistmann
Número de páginas: 356
ISBN: 9786555172065
Formato: brochura
Dimensões: 1.8 x 14 x 21 cm
Preço: R$144,00
Editora: Intersaberes
Sobre a Autora
Virginia Borges Kistmann é designer pela Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro (Esdi), mestre pelo Royal College of Art (RCA), na Inglaterra, e doutora em Engenharia, Produção e Sistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi professora dos cursos de graduação em Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Atuou como docente visitante na Hochschule der Künst HdK, em Berlim, e na Université Savoie Mont Blanc, na França. Também trabalhou como designer e gestora de design em empresas privadas paranaenses. É professora sênior do Programa de Pesquisa em Pós-Graduação em Design da UFPR, onde é líder do Grupo de Pesquisa em Gestão de Design e coordenadora do Núcleo de Gestão de Design. Desenvolve pesquisas no campo da gestão de design, com foco no design para cerâmicos e no design para cidades.