Diante da necessidade de isolamento social, as IES entraram em um intenso processo de adaptação e digitalização para dar continuidade ao ano letivo vigente. A migração massiva ao EAD foi uma medida emergencial para conter o aumento da inadimplência e da evasão do ensino superior durante a pandemia, e acelerou a tendência pela educação à distância que já se consolidava no Brasil e no mundo.

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Mas para ser bem-sucedido, o modelo EAD precisa ser implementado com planejamento e segurança – caso contrário, existem riscos para a credibilidade e o faturamento da sua instituição. Gestores de IES que desejam fazer bom proveito dos recursos de educação à distância devem se manter vigilantes aos erros a seguir:

FALTA DE REESTRUTURAÇÃO PEDAGÓGICA

Disponibilizar conteúdo online é apenas a ponta do iceberg da migração ao EAD. Para que este modelo educacional seja eficiente, é necessário revisar a antiga estratégia pedagógica da instituição e atualizá-la aos moldes da educação à distância. As aulas em vídeo devem ser mais curtas e dinâmicas, o processo de aprendizagem segue uma linha mais estimulante e independente, onde o aluno é protagonista autônomo e o professor se torna mediador do ensino. Os recursos pedagógicos devem se adequar ao ambiente virtual (com vídeos, infográficos e outros materiais multimídia), trazendo interatividade e dinamismo mesmo à distância. As atividades e avaliações também devem ser atualizadas para garantir a mesma qualidade de ensino dentro dos novos formatos.

FALTA DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS ADEQUADAS

Para disponibilizar conteúdo online, é necessário contar com uma plataforma segura e funcional com capacidade para hospedar um grande volume de conteúdo audiovisual. Por isso, é importante ser criterioso com as ferramentas digitais escolhidas para amparar a migração da sua IES ao EAD. O LMS (Learning Management System) e o AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) são soluções inteligentes tanto para a gestão operacional quanto para a experiência dos estudantes e docentes. Apostar nas tendências do setor educacional pode ser um investimento inicial considerável, mas lembre-se de que a satisfação dos alunos e a reputação da instituição estão em jogo.

FALTA DE MIGRAÇÃO INTERNA AO ONLINE

É importante que todos os serviços da IES, e não somente as aulas, sejam contemplados na migração ao modelo EAD. O aluno deve conseguir dialogar com a instituição para resolver demandas acadêmicas sem a necessidade do contato presencial – canais digitais para serviços de secretaria (emissão de documentos, matrículas, pagamentos de mensalidade, etc.) e atendimento personalizado facilitam a transição para os alunos e para o corpo administrativo da instituição. Outras tecnologias educacionais, como a biblioteca digital, incentivam e dão respaldo à continuidade dos estudos durante e após a transição ao EAD.

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FALTA DE ASSISTÊNCIA AOS PROFESSORES

Migrar do modelo presencial ao EAD exige uma completa transformação na atuação dos professores, e é papel da IES oferecer ao corpo docente o aconselhamento necessário para uma transição funcional. Da familiarização com as tecnologias educacionais à reestruturação dos métodos pedagógicos, os gestores devem acompanhar e auxiliar os professores na adaptação e, se possível, estruturar parâmetros para a atuação docente dentro dos novos moldes da instituição.

FALTA DE SUPORTE AOS ALUNOS

Por fim, não esqueça de considerar a vivência do aluno em meio a tantas transições. A comunicação ágil e transparente com o corpo discente é essencial em momentos de crise e adaptação, portanto invista na cultura do bom relacionamento com os estudantes! Certifique-se de que seus alunos possuem canais eficientes para atendimentos, solicitações e resolução de dúvidas, para que a mudança de formato não prejudique a experiência de estudar na sua IES.

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