Ensino superior pós-pandemia: como se preparar para o ensino híbrido?
27 de outubro de 2020
O mundo foi surpreendido pela pandemia de COVID-19 no ano de 2020, transformando-o em palco para diversas medidas emergenciais que buscaram incorporar os novos parâmetros de segurança sanitária nas diferentes dinâmicas de interação social. O impacto foi duro na área da educação – o aumento explosivo no número de casos por todo país logo comprovou a inviabilidade das salas de aula lotadas de estudantes. Foi nesse contexto que Ensino à Distância ganhou protagonismo no sistema educacional brasileiro, como alternativa segura para evitar o cancelamento do ano letivo de cursos do ensino básico ao superior.
Embora tenha se popularizado como medida emergencial, as potencialidades do EAD já se mostraram evidentes nas instituições de graduação e pós-graduação. O ganho de flexibilidade na rotina dos alunos e a modernidade dos recursos digitais que expandem as possibilidades de produção do conhecimento são os destaques principais, ilustrando as razões que já elencavam o modelo EAD como tendência para o futuro da educação. A pandemia vai passar, mas é pouco provável que novas tecnologias educacionais saiam de cena.
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Instituições de ensino superior que operavam somente em modelo presencial se viram obrigadas a uma migração total e urgente para o formato exclusivamente remoto. A rápida transição entre modelos opostos despertou os gestores para o potencial existente na mescla entre o ensino presencial e o EAD – a chamada educação híbrida. Trazer mais tecnologia ao presencial e mais presença ao remoto se revela como caminho promissor para retomar a rotina das IES com segurança e explorar positivamente os novos recursos digitais que estão ao dispor da educação.
NOVO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A hibridização do ensino reúne características de dois modelos educacionais já conhecidos, mas precisa desenvolver seu próprio método de ensino-aprendizagem para efetivar uma educação de qualidade. A sala de aula invertida é um excelente exemplo de inovação: videoaulas para conteúdo expositivo, sala de aula para debate e resolução de dúvidas. Há maior respeito ao ritmo de aprendizado de cada estudante, que gerencia o próprio tempo de assimilação no primeiro contato com as informações em casa. A introdução prévia torna o tempo de sala de aula mais produtivo, facilitando o aprendizado ativo com estímulo dos professores e colegas de classe.
ADAPTAÇÃO ÀS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Cabe aos profissionais da educação uma mudança de postura em relação às novas possibilidades educacionais. Superar o receio da falta de experiência, ou até mesmo a resistência ao que foge do até então ensino tradicional do Brasil, para valorizar e explorar a inovação como meio de estreitar laços com os hábitos e comportamentos da geração atual de estudantes. Atualizar as ferramentas para engajar e elevar a educação ao próximo nível. Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem devem ser intuitivos, responsivos, de fácil navegação e conectáveis a plataformas externas. Os aplicativos de videoconferência permitem a realização de atividades síncronas (professores e alunos juntos em ambiente virtual) e devem ser usados para fomentar o protagonismo do estudante. As bibliotecas digitais abrem um novo horizonte para a pesquisa acadêmica, com milhares de títulos em e-books disponíveis para leitura a qualquer hora e lugar, sem filas de espera, risco de extravio ou deterioração do material físico.
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ADEQUAÇÃO DO CONTEÚDO À HIBRIDIZAÇÃO
Já não existem motivos para sustentar estigmas conservadores que ainda circundam as tecnologias educacionais; este é o momento de consagrar o ensino híbrido e/ou à distância como modalidade interessante e valiosa para a educação do futuro. Grande parte da credibilidade e da boa aceitação das instituições que apostam na tendência vem da qualidade do conteúdo oferecido. Curadoria, planejamento e produção das aulas em vídeo devem respeitar a metodologia adequada ao EAD e atender aos parâmetros de qualidade exigidos pelo MEC. Bibliografias básica e complementar devem ser atualizadas e seguras, desassociadas dos materiais desinformativos que circulam na internet.
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