No ano de 2020, a relação entre educação e tecnologia ganhou um novo panorama dentro do sistema de ensino brasileiro. Até o fim do ano passado, o Ministério da Educação (MEC) permitia que 20% da carga horária dos cursos de graduação presenciais fosse ministrada à distância; atualmente, a permissão foi ampliada para até 40% da carga horária total dos cursos, atendendo às demandas emergenciais geradas pelas pandemia. Tal mudança despertou os gestores de IES para as novas tendências da educação e as múltiplas possibilidades de ensino-aprendizagem através do sistema EAD.

Como em toda mudança, apareceram também os novos desafios. A tecnologia hoje disponível permite a utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) equipados com modernas ferramentas de interação e personalizáveis às necessidades de cada instituição. São softwares que suprem as demandas da relação entre professor e aluno sem a obrigatoriedade do contato presencial e disponibilizam um espaço online para hospedagem do conteúdo e efetivação do plano pedagógico com auxílio dos recursos digitais. O grande impasse diz respeito à produção do conteúdo.

Com todo o capital intelectual dentro da própria instituição, muitos gestores não hesitam em apostar na produção do próprio conteúdo para EAD – mas como o modelo é novidade para algumas instituições, a gestão da qualidade se torna um desafio. A contrapartida está na terceirização da produção de conteúdo, com empresas especializadas em soluções educacionais que compreendem as especificidades do conteúdo para EAD.

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Gestores que agora se familiarizam com o Ensino à Distância também se deparam com complexas questões a respeito da produção de conteúdo para a IES. Avalie os pontos a seguir antes de tomar uma decisão:

PASSO A PASSO DA PRODUÇÃO

Instituições que recém iniciaram o contato com o EAD podem não ter dimensão do longo processo de produção de conteúdo para a modalidade. Além de selecionar, categorizar, subdividir o conteúdo e transformá-lo em material audiovisual (incluindo roteirização, captação e edição), a etapa da produção de conteúdo ainda engloba a disponibilização dos materiais no AVA da instituição, a gestão de dados do software e a geração de relatórios administrativos.

A IES pode investir na contratação de uma equipe interna para produção de conteúdo, com habilidades multidisciplinares e com número suficiente de profissionais para que não haja sobrecarga dos demais setores. Também pode apostar na terceirização, com empresas especializadas não somente na produção de conteúdo, mas também na gestão e veiculação digital dos materiais. Quando a preocupação com a produção de conteúdo sai da alçada da instituição, ganha-se tempo para planejar a oferta de mais cursos em formato EAD e expandir o rendimento com matrículas.

TECNOLOGIA, INTERAÇÃO E DIDÁTICA

Na ausência de trocas presenciais, a didática e a interatividade intrínsecas ao processo de ensino-aprendizagem se dão através da tecnologia. O Ensino à Distância é fruto da inovação educacional e precisa estar amparado por recursos tecnológicos que expandam as possibilidades de ensino. Empresas especializadas em produção de conteúdo têm compromisso com a inovação e trabalham com ferramentas atualizadas, disponibilizando soluções completas às instituições parceiras. Para produção interna, o investimento no aparato tecnológico necessário (incluindo softwares, servidores e equipamentos de captação) pode comprometer o orçamento da IES.

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GESTÃO DE QUALIDADE

A produção de conteúdo para EAD vai muito além da gravação das aulas ministradas presencialmente. Trata-se de outro modelo educacional cuja gestão da qualidade é feita em seus próprios critérios. Empresas especializadas se organizam em etapas que incluem a curadoria e a produção de conteúdo, o gerenciamento do cronograma de entregas e a garantia da qualidade segundo os parâmetros do MEC. Arriscar no controle de qualidade pode levar à evasão massiva e ao comprometimento da credibilidade, especialmente em períodos de transição.

SEGURANÇA E CREDIBILIDADE

A incorporação do EAD, seja parcial ou completa, é um investimento que deve ser amparado por um sistema de gestão de riscos que proteja a saúde financeira da IES. Ao optar por uma empresa terceirizada para produção de conteúdo, existe acordo contratual que garante o cumprimento dos prazos, o gerenciamento dos recursos tecnológicos e o atendimento às necessidades específicas da IES parceira. A recompensa está na tranquilidade de minimizar falhas operacionais e oferecer a melhor experiência educacional aos estudantes.

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