O ensino superior a distância já se integrou na realidade educacional brasileira. Sua incorporação se intensificou em 2020 no cumprimento das medidas restritivas relacionadas à Covid-19, mas o modelo já ganhava popularidade antes da pandemia e tudo indica que deve permanecer em alta mesmo após o enfrentamento do vírus. Em 2010, apenas 7,3% dos estudantes que ingressaram na faculdade logo após a conclusão do ensino médio optaram pela modalidade EAD (levantamento do Quero Bolsa); em 2018, 22,1% dos calouros entre 17 e 24 anos já preferiram cursar uma faculdade a distância e, considerando o número total de matrículas no ano, 40% dos novos ingressantes no ensino superior optaram pela autonomia e flexibilidade do modelo EAD (dados do Censo da Educação Superior 2018). Em 2019, o Censo da Educação Superior revelou que o número de alunos que ingressam no EAD já é maior do que no ensino presencial brasileiro.

Entre os alunos que seguiram optantes pelo ensino presencial, ainda circula a antiga insegurança sobre a credibilidade e reputação dos cursos a distância. Mas qual é a visão do atual mercado de trabalho sobre o diploma de ensino superior EAD, considerando a constante evolução do modelo? Gestores de IES devem se manter atentos sobre o assunto para planejar o futuro da instituição em consonância com as demandas do mercado:

AVANÇO DA QUALIDADE

As impressões negativas sobre a qualidade do ensino superior EAD podem ser rapidamente desmistificadas olhando para a avaliação dos órgãos competentes. No ano de 2019, a modalidade de educação a distância superou o ensino presencial em quantidade de cursos com nota máxima no Conceito Preliminar de Curso (CPC) do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) – o que indica um bom planejamento metodológico e didático dos cursos em vigor, além de bom desempenho dos estudantes e do corpo docente. Tais dados informam o mercado de trabalho sobre a evolução do EAD em qualidade e eficiência, atestando a competência da modalidade na capacitação de novos profissionais.

EQUIDADE AVALIATIVA PERANTE AO MEC

O Ministério da Educação, principal órgão encarregado pela gestão e monitoramento da dinâmica educacional nacional, não faz qualquer distinção entre o diploma do aluno formado no ensino superior presencial e do aluno que cursou uma faculdade EAD. Ao concluir a jornada de formação, ambos receberão – independente da via de estudos – um diploma de graduação, que atesta competência para um exercício profissional específico em ambas as modalidades. Se o principal órgão regulador da educação brasileira considera que não existem méritos ou deficiências intrínsecos a algum dos modelos educacionais, cabe ao mercado de trabalho oferecer oportunidades equivalentes a todos os profissionais com base nos atributos que de fato impactam o desempenho da profissão, como experiência no ramo, desenvoltura para o trabalho em equipe, pensamento estratégico, proatividade, entre outros.

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AUMENTO DA MÃO DE OBRA QUALIFICADA

Visto que o MEC não faz distinção entre os modelos e que a avaliação qualitativa do EAD se encontra em ritmo de ascensão, percebe-se que a qualidade do ensino não pode ser mensurada com base apenas na modalidade aplicada. Além disso, a educação a distância fomenta a democratização do ensino de forma a beneficiar o mercado de trabalho. As graduações EAD são mais acessíveis financeiramente e levam o ensino superior a regiões onde não há oferta presencial. Desta forma, pessoas que estavam à margem da capacitação profissional passam a ser contempladas pelo ensino superior a distância, aumentando o número de profissionais formalmente capacitados para o desempenho de atividades específicas.

PREENCHIMENTO DA LACUNA DE SKILLS

A modalidade EAD, além de expandir as fronteiras da educação formal, ainda contribui diretamente para o preenchimento da lacuna de habilidades mais procuradas pelo mercado de trabalho – as chamadas soft skills. É claro que a capacitação profissional é imprescindível, mas precisa vir acompanhada de competências comportamentais como capacidade de gestão do tempo e bom relacionamento interpessoal para que haja sucesso no ambiente de trabalho. Agora pense numa graduação EAD: para concluí-la, são necessárias boas doses de autonomia, organização, independência e proatividade. Ao colocar o aluno como protagonista de seu processo educacional, o ensino a distância contribui para a formação de indivíduos mais desenvolvidos nas habilidades que estão em falta no mercado de trabalho.

EXPERIÊNCIA, EVOLUÇÃO E ADAPTAÇÃO

Um dos diferenciais que faz o modelo EAD apresentar procura crescente é a possibilidade de inserção no mercado de trabalho mesmo durante os estudos – requisito obrigatório para muitos estudantes que dependem do emprego para pagar a graduação. O rearranjo de horários e a autogestão da dinâmica de estudo permitem que o estudante adquira experiência na área mesmo antes de se formar. É importante considerar que, embora a graduação seja indispensável para muitos cargos, o principal atributo analisado pelos departamentos de Recursos Humanos é a experiência profissional. Desta forma, quem trabalha e estuda simultaneamente já chega mais preparado na entrevista de emprego.

As evidências apontam para uma aceitação cada vez maior da modalidade EAD entre os estudantes, os agentes de ensino e os empregadores. Não deixe sua IES ficar para trás em termos de inovação e qualidade! Com as soluções educacionais da Editora Intersaberes, sua instituição acompanha as tendências da educação com o respaldo de quem há 15 anos atua no mercado acadêmico com excelência. Catálogo com mais de 1.000 disciplinas EAD para compor graduações e pós-graduações nas áreas das exatas, humanas, jurídicas e sociais aplicadas, biblioteca digital com recursos de aprendizagem e mais de 1.200 títulos para bibliografias básicas e complementar, além do serviço de produção de disciplinas sob demanda atendendo às especificidades únicas da sua IES. Solicite uma demonstração: https://www.intersaberes.com/demonstracao/