Como implementar o itinerário de formação técnica e profissional na sua escola
4 de fevereiro de 2022
O ano de 2022 é um marco de transformação na educação brasileira – começa o primeiro contato prático com o novo ensino médio. Gradualmente, a transição englobará os três anos do ensino médio até 2024, efetivando uma nova proposta educacional aos jovens do país. Com ampla reforma curricular, expansão da carga horária e atenção ao projeto de vida de cada estudante, o novo ensino médio promete formar cidadãos mais autônomos e melhor capacitados para impactar o mercado e a sociedade.
A ampliação das antigas 800 horas para as atuais 1000 horas anuais totaliza 3000 horas formativas ao fim do novo ensino médio. A expansão da carga horária servirá para comportar os itinerários formativos, que complementarão a Formação Geral Básica delineada pelas quatro áreas do conhecimento. Os itinerários formativos serão a parte flexível e personalizável do currículo, que reunirá oficinas, projetos, disciplinas e núcleos de estudo para integralizar a aprendizagem. Cursados em contraturno, os itinerários formativos possibilitam que os alunos se aprofundem em seus interesses e aptidões ainda na educação básica. Assim, a experiência escolar excederá os limites do campo teórico e capacitará jovens para serem protagonistas sociais e profissionais.
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Os itinerários formativos podem seguir três vertentes. A primeira é vinculada às áreas do conhecimento, aprofundando a formação em uma das quatro áreas abrangidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A segunda opção é o itinerário de formação técnica e profissional, que reúne capacitação técnica, acadêmica e prática para facilitar o ingresso no universo profissional. A terceira, por fim, é o itinerário formativo integrado, opção que correlaciona as duas vertentes anteriores.
Cada instituição de ensino poderá ofertar até cinco itinerários formativos – sendo apenas um exclusivo à formação técnica e profissional. Diante da alta demanda por um ensino básico mais integrado ao mercado de trabalho, como implementar o itinerário de formação técnica e profissional na sua escola?
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FORMAÇÃO CONTINUADA E INTERDISCIPLINARIDADE
O primeiro passo para a implementação eficiente dos itinerários formativos é avaliar a necessidade de capacitação do corpo docente para a nova missão educacional. A formação geral básica e os itinerários formativos propõem diferentes objetivos pedagógicos – professores devem ser preparados para instruir os alunos tanto no quesito técnico, quanto no assessoramento relacionado ao projeto de vida. Na formação técnica e profissional, será permitida a atuação de profissionais com notório saber na área abordada pelo itinerário, com base na(s) formação(ões) e experiência(s) profissional(ais) prévia(s).
O investimento em formações continuadas aos professores é uma abordagem interessante para manter os itinerários formativos sempre atualizados. É importante que a interdisciplinaridade seja sempre incentivada na capacitação dos docentes, de forma a conectar as experiências do itinerário às aprendizagens do currículo básico e às demandas da sociedade.
INOVAÇÃO PEDAGÓGICA
A proposta dos itinerários formativos – sobretudo, na formação técnica e profissional – é oferecer novas aprendizagens e práticas pedagógicas aos alunos. É necessário repensar os tempos e espaços escolares quando o objetivo é ir além da formação geral básica. Para que a interatividade e a experimentação sejam efetivas na aprendizagem, os alunos devem usufruir de laboratórios, salas multiuso e espaços abertos. Escolas que não dispõem das condições necessárias para diversificar as vivências pedagógicas devem considerar parcerias com instituições/redes de ensino de seu entorno.
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MODALIDADE INTEGRADA OU CONCOMITANTE
Quando a instituição opta pela formação técnica e profissional na modalidade integrada, toda a adaptação ocorre internamente. A escola precisa apresentar seu Plano de Curso aos órgãos competentes (como a Secretaria de Estado da Educação e o Conselho Estadual de Educação), que autorizarão ou não o funcionamento dos cursos propostos. O processo de autorização exige, ainda, uma vistoria in loco para o aval das Instalações Prediais e Funcionais, além de mobilizar equipe capacitada para coordenar cursos técnicos e experiências formativas que preparem para o mercado de trabalho. Trata-se de um processo multifatorial, que pode demandar bastante tempo, planejamento e recursos financeiros.
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O que nem todos os gestores sabem é que, na legislação que rege o novo ensino médio, também está prevista a modalidade concomitante. Nela, o ensino básico e o técnico são cursados paralelamente, via matrículas separadas, sendo a formação técnica e profissional ofertada por uma instituição distinta da que coordena o ensino médio. Cria-se uma parceria entre as duas frentes e a escola se beneficia da credibilidade e experiência pedagógica de uma instituição especializada em ensino técnico.
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