A tecnologia vai substituir o professor?
14 de setembro de 2020
O futuro da educação aponta para a crescente incorporação de recursos tecnológicos que expandem as possibilidades de ensino-aprendizagem – e, como em todo processo adaptação, surgem ressalvas e incertezas diante deste novo paradigma educacional. A ascensão do EAD trouxe desafios para todos os agentes da educação, tanto no corpo docente quanto no discente. Enquanto alunos e educadores se adaptam às novas ferramentas de ensino e às novas dinâmicas interativas mediadas pela internet, nasce uma grande angústia em meio a tantas novidades: a tecnologia vai substituir o professor?
Seja na educação tradicional ou nos formatos cada vez mais modernos que os recursos tecnológicos possibilitam, o professor exerce o insubstituível papel de facilitador do ensino e sua importância não pode ser minimizada nos moldes do EAD. Gestores e educadores devem compreender o papel do professor no Ensino à Distância para desmistificar o medo da tecnologia e abrir as portas para a inovação educacional em suas instituições.
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A MISSÃO É A MESMA
Da Antiguidade (onde os saberes eram transmitidos boca a boca) até a atualidade (com Ambientes Virtuais de Aprendizagem e ferramentas de videoconferência), a importante missão do professor se manteve a mesma: garantir que o aluno aprenda. A função não se altera, o que muda são as ferramentas de execução ao longo do tempo. A tecnologia oferece novos métodos e técnicas para que os educadores desempenhem seu papel de ensinar – giz e lousa se transformaram em cliques, softwares e aplicativos. A novidade está no domínio dos recursos que tornam esta dinâmica possível, sem prejudicar o compromisso do educador com a aprendizagem.
ATENDER, MOTIVAR E ESTIMULAR À DISTÂNCIA
Dada a busca por maior flexibilidade, o professor EAD é o profissional que oferece a muitos indivíduos a possibilidade de conquistar um diploma, aprimorar sua formação e alcançar melhores oportunidades de emprego driblando barreiras de distância e tempo. Além de transmitir informações com didática para que o aluno seja capaz de elaborar o conhecimento, o professor EAD ainda carrega o desafio de manter a motivação e estimular o raciocínio lógico dos estudantes mesmo à distância. O plano pedagógico deve valorizar as potencialidades dos recursos remotos, para que o professor crie condições de apresentar matérias, fomentar discussões, dar assistência e avaliar o desempenho individual sem que o contato presencial seja necessário. Nesta missão, mesclam-se aulas gravadas e disponibilizadas em plataformas, encontros virtuais síncronos, fóruns de debate, e-mails, entre outros.
PROFESSOR CONVENCIONAL x PROFESSOR EAD
Compartilhando dos mesmos objetivos, a grande diferença entre os dois profissionais é que o professor EAD precisa se familiarizar com muitas tecnologias e novas dinâmicas de interação com os estudantes à distância. O professor que iniciou a carreira no modelo tradicional e migra ao EAD precisa se reinventar, sempre tendo em mente seus propósitos como educador e mantendo-se aberto às novas possibilidades de ensino-aprendizagem que a tecnologia oferece. Algumas capacidades específicas também facilitam a carreira no EAD, como habilidade para transmitir informações de forma interessante e sucinta, sem exagerar na formalidade ou no coloquialismo, mantendo o engajamento à distância; disposição para compreender e atender às particularidades de cada aluno sem contato presencial; interesse em conhecer novas ferramentas digitais que simplifiquem a interação com os alunos; e disponibilidade de tempo para oferecer atendimento individualizado sempre que necessário.
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A SUBSTITUIÇÃO É UM RISCO?
Professor e tecnologia não competem no mesmo nível. O educador exerce função social, enquanto a tecnologia não passa de uma ferramenta. Os recursos tecnológicos não desempenham o papel do professor, apenas lhe oferecem ferramentas mais flexíveis para conduzir o processo de ensino-aprendizagem sem rigidez quanto ao horário ou local. O desafio do educador EAD é ensinar com relevância e qualidade em meio a tantas informações questionáveis que circulam na internet. Videoaulas, Ambientes Virtuais de Aprendizagem, debates e conferências on-line de nada serviriam sem o professor para estimular o senso crítico e nortear os estudantes no desenvolvimento do pensar e aprender.
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