A importância do livro didático
17 de março de 2022
Para que a educação se consolide, são necessários agentes (docentes e discentes) comprometidos e ferramentas que respaldem o processo de ensino-aprendizagem. Os livros didáticos são valiosas ferramentas educacionais, que auxiliam os professores na condução do projeto pedagógico e dão apoio para os alunos no acompanhamento dos conteúdos.
A impressão de livros didáticos em território brasileiro só ganhou expressividade a partir de 1920, com o surgimento das indústrias de papel nacionais. Antes disso, os educadores dependiam dos materiais trazidos de fora do país, o que limitava as possibilidades e estratégias de ensino. Hoje, o Ministério da Educação (MEC) reserva um investimento anual de aproximadamente R$1,9 bilhão para produção e distribuição de livros didáticos para as escolas da rede pública. De acordo com o Fundo Nacional da Educação (FNDE), cerca de 150 milhões de livros didáticos circulam por mais de 140 mil escolas do Brasil, a cada ano.
Para evitar o sucateamento dos materiais e garantir o investimento anual, é necessário que todos os agentes educacionais compreendam e valorizem o amplo papel do livro didático na ensino-aprendizagem.
NORTEAMENTO DO EDUCADOR
Ao longo de um ano ou semestre letivo, são muitos os assuntos que precisam ser abordados de forma aprofundada e coerente. O livro didático ajuda a nortear o planejamento do educador, sugerindo caminhos e sequências lógicas para a aprendizagem. Tendo o livro didático como ponto de apoio, fica mais fácil evitar lacunas na apresentação do conteúdo e o docente ganha mais liberdade para inovar nas estratégias de ensino.
OTIMIZAÇÃO DO PLANO PEDAGÓGICO
O plano pedagógico é indispensável para o bom andamento das disciplinas, por viabilizar o planejamento das atividades a serem realizadas no semestre ou ano letivo. O apoio do livro didático simplifica a elaboração do plano pedagógico, ao oferecer fontes de pesquisa e propostas de exercícios dentro da própria obra. Gera uma economia de tempo e energia destinados ao planejamento, permitindo que o docente foque menos no “o que ensinar” e mais no “como ensinar”. Redirecionar a prioridade para o “como” é o caminho para explorar novas metodologias e conquistar cada vez mais o engajamento dos alunos.
EXPANSÃO DO CONTEÚDO E LINGUAGEM DIALÓGICA
Com seu caráter pedagógico, o livro didático atua em complemento às bibliografias clássicas de cada área do conhecimento. Considerando instituições que dispõem de baixo orçamento para bibliotecas, acervos digitais e diversidade de conteúdos, o livro didático assume posição ainda mais central na ensino-aprendizagem. A linguagem dialógica usada nos livros didáticos também contrasta com outros materiais de ensino, viabilizando a interação e o envolvimento do aluno com os conteúdos apresentados.
CONSULTA CONFIÁVEL E ACESSÍVEL PARA O ALUNO
A exposição dos conteúdos é feita, majoritariamente, em sala de aula, onde há espaço para esclarecimento de dúvidas e fomento de debates. Entretanto, o aluno precisa revisitar esses assuntos em outros momentos de estudo, nem sempre na presença do professor. O livro didático reúne informações confiáveis, de cunho científico, e serve de consulta para os alunos e familiares que se envolvem nos processos educacionais. Outra vantagem é que os livros didáticos são elaborados em linguagem e formato adequados à faixa etária que contemplam, facilitando a compreensão.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS
O livro didático também é instrumento de acessibilidade na educação. Desde 2017, o Projeto Livro Acessível foi aprovado como parte integrante do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). O Projeto oficializa o compromisso do Ministério da Educação com a produção e distribuição de livros didáticos em formatos acessíveis para todos os alunos com deficiência matriculados na educação básica pública. O livro didático passa, então, a protagonizar a inclusão de estudantes até então não contemplados pelas metodologias tradicionais de ensino. Reafirma, desta forma, o direito incontestável de todas as crianças e jovens brasileiros ao acesso à formação educacional básica de qualidade.
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