Evasão no EAD: entenda as principais causas e soluções
21 de junho de 2021
A educação brasileira trilha, nos últimos anos, um período de ascensão do ensino a distância, agora potencializado pela pandemia de Covid-19. Ainda em 2019, 63,2% das mais de 16 milhões de vagas para ensino superior no Brasil foram ocupadas pela modalidade EAD. Pela primeira vez, o país registrou um número maior de matriculados em graduações EAD do que na modalidade presencial.
Este fenômeno deriva de fatores diversos – mensalidades mais baratas, expansão parcial do acesso à internet, necessidade de conciliar estudo e trabalho, evolução das tecnologias educacionais. Entretanto, o aumento da procura segue acompanhado por altas taxas de evasão no EAD. Muitas pessoas ingressam, poucas se formam; revelando que muitos ajustes ainda precisam ser feitos para que o ensino a distância brasileiro alcance o êxito.
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Gestores de IES devem se familiarizar com as causas por trás dos grandes índices de evasão no EAD do Brasil, para recorrer a soluções eficientes. Reconhecer as origens desta deficiência estrutural é o primeiro passo para construir um ensino a distância de qualidade em escala nacional.
CAUSAS DA EVASÃO NO EAD
- Expectativas frustradas: a maior parte das desistências ocorre logo no primeiro ano de graduação. É quando os alunos descobrem se identificam-se (ou não) com a área do curso escolhido. Para além da área, a frustração também pode estar relacionada à qualidade da grade curricular e do conteúdo apresentado nas disciplinas, conforme descrito abaixo.
- Conteúdo limitado: ao matricular-se em um curso profissionalizante EAD, o estudante espera encontrar a experiência formativa de uma universidade nos moldes digitais. Mas, em muitos casos, o que encontra são conteúdos superficiais, genéricos ou até desatualizados dentro do panorama científico. A deficiência de conteúdo faz muitos alunos desacreditarem no potencial dos cursos online e, por consequência, fomenta os índices de evasão no EAD.
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- Falta de interação institucional: outra grande reclamação nas experiências EAD é a falta de respaldo institucional, bem como a ausência de interação entre aluno/corpo docente/instituição de ensino. Quando o professor não assume papel de mediador e se ausenta das dinâmicas digitais, muitos alunos sentem-se negligenciados no processo de ensino-aprendizagem. Nos casos em que o afastamento da instituição gera dificuldades na resolução de questões acadêmicas ou administrativas, o índice de evasão no EAD sobe ainda mais.
- Falta de assistência estudantil: conforme dito anteriormente, o EAD é atrativo aos que precisam conciliar a vida profissional com os estudos. Mas, em alguns casos, a dupla jornada leva à sobrecarga e à consequente desistência. Em outros casos, o salário adquirido no trabalho não basta para manter as mensalidades e demais custos de vida. A ausência ou insuficiência das ações para assistência estudantil, especialmente no sentido de condições facilitadas de pagamento, leva muitos alunos à evasão.
- Limitações tecnológicas: existem duas facetas para este aspecto. Entre alunos mais velhos, o não-entrosamento com a plataforma e a dificuldade em compreender os recursos digitais podem levar à frustração com o EAD. Enquanto os alunos mais jovens recorrem à modalidade na busca por inovação e, quando se deparam com metodologias limitadas, perdem o interesse no curso.
SOLUÇÕES PARA A EVASÃO NO EAD
- Conteúdo atualizado e de qualidade: o primeiro grande compromisso de uma instituição de ensino com seus alunos é a qualidade e solidez da formação oferecida. Para isso, o investimento em conteúdos de excelência e atualização constante do acervo são peças chave. A demanda é extensa e, para muitas IES, a terceirização da produção de conteúdo compensa tanto em orçamento quanto em engajamento estudantil.
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- Tecnologia e metodologias ativas: o EAD se estabelece no engajamento dos alunos com o curso. A melhor forma de engajar sem dinâmicas presenciais é explorando o universo de possibilidades que as tecnologias educacionais oferecem. AVAs, bibliotecas digitais, laboratórios virtuais trazem inovação e interatividade ao aprendizado, e são ferramentas didático-pedagógicas indispensáveis para um EAD de sucesso.
- Preço: o custo da graduação a distância em relação à presencial é um diferencial que atrai uma grande gama de estudantes. A estabilidade no valor da mensalidade, sem aumentos progressivos ao decorrer dos semestres, faz diferença na missão de reduzir a evasão no EAD.
- Presença institucional: a sensação de abandono do aluno perante à instituição leva muitos estudantes a desistirem dos cursos online. Para planejar um curso EAD com consistência, os canais de relacionamento entre aluno/professor/instituição devem ser priorizados e bem desenvolvidos.
- Usabilidade e acessibilidade: para não frustrar os estudantes com questões operacionais, é importante que as plataformas de estudo sejam intuitivas e livres de problemas de usabilidade. Também é essencial adequar as ferramentas aos alunos com necessidades especiais. Audiotextos, libras e legendas são recursos primários de acessibilidade que não devem ser negligenciados.
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