Como transformar seu curso presencial em EAD?
23 de junho de 2020
O ensino à distância é a cara da educação do futuro, e a cada ano conquista mais espaço nas instituições de ensino. Uma pesquisa realizada pelo Censo da Educação Superior em 2016 sinalizou o aumento de 1.4 milhão de novos alunos matriculados em cursos com modalidade à distância, representando quase 20% de todas as matrículas de ensino superior no país. Este não é um alerta para a extinção das salas de aula – a tendência está no uso das ferramentas de EAD para complementar o modelo tradicional de ensino superior no Brasil, com a chamada educação híbrida.
O fato é que o mercado da educação está cada vez mais aberto ao ensino à distância, e os gestores que buscam se destacar entre a concorrência não devem ignorar a tendência. Dentro do EAD existem recursos para disparar o alcance do seu trabalho através de cursos e workshops online, por exemplo – que oferecem, também, uma nova alternativa para monetizar o conteúdo desenvolvido na instituição. Além de aumentar a flexibilidade, a comodidade e a economia para estudantes de qualquer lugar do Brasil e do mundo!
Se você é gestor de instituição e quer migrar seu curso presencial para o EAD, saiba que gravar as aulas e disponibilizá-las na internet não é a solução. Um planejamento estratégico bem coordenado é essencial para o sucesso do seu EAD e para elevar a qualidade do ensino. Fique atento aos pontos a seguir:
CONHECIMENTO DE PÚBLICO
Com a entrada no universo online, seu público sofrerá uma grande expansão. O conteúdo deixa de ser específico ao grupo de alunos geograficamente concentrado que frequenta as aulas presenciais, e passa a interagir com comportamentos próprios da esfera virtual. Para dialogar com esse novo público, é importante entendê-lo melhor: o que motiva a escolha pelo EAD? Quais os canais mais utilizados? O que pretendo que o novo cliente aprenda até o final do curso? Quais suas ambições e de que forma meu conteúdo pode ajudar a realizá-las? Quanto maior a compreensão sobre seu novo público, mais assertivos serão todos os passos seguintes.
FORMATO DIGITAL
Ao iniciar a migração do conteúdo para os moldes do EAD, é importante definir qual formato digital será utilizado. O curso pode ser síncrono (professor e aluno juntos ao mesmo tempo via videoconferência, com pouca flexibilidade e num formato similar ao da sala de aula); assíncrono (aulas gravadas e disponibilizadas em plataforma digital para o aluno assistir quando e onde quiser, ponte entre aluno e professor feita após a aula, com hora marcada, via chat); ou híbrido (aulas gravadas em conjunto com encontros presenciais para aprofundamento e debate dos temas). Cada formato possui seus prós e contras, cabe ao gestor identificar a melhor opção para sua instituição.
METODOLOGIA DIGITAL
A metodologia das aulas também deve se adequar à lógica virtual. No EAD, o engajamento dos alunos é diferente de como ocorre em sala de aula, e os estímulos para distração são mais frequentes. Recomenda-se a elaboração do conteúdo de maneira direta e concisa, direto ao ponto, evitando a longa duração. As aulas em EAD não podem negligenciar o valor didático da interação e do debate, que devem ser incentivados através das ferramentas do ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Recursos didáticos como textos descritivos, vídeos complementares, e-books, infográficos e planilhas enriquecem o conteúdo da aula. É importante que as aulas não sejam estáticas e que o aluno consiga mensurar seu progresso ao longo do curso, para que se sinta motivado a seguir até o fim.
MÓDULOS E AULAS
Como as aulas devem ser rápidas, a ideia é sintetizar os pontos-chave de todo o conteúdo passado nas aulas presenciais. Recomenda-se a divisão do conteúdo por módulos (definidos por grandes temas), para depois subdividir os módulos em aulas curtas. Ao fim de cada módulo pode ser feita uma avaliação da apreensão do conteúdo, por exemplo. Também é importante pensar sobre a gravação, que abre menos margem para piadas ou improvisos comuns em sala de aula. A criação de um roteiro é essencial para não ultrapassar o tempo planejado e transmitir o conteúdo de maneira coerente e concisa.
SEGURANÇA
Uma nova preocupação que surge com a lógica virtual é sobre a segurança da informação. Antes de vender um curso pela internet, você deve assegurar que a plataforma de veiculação dispõe de recursos antipirataria. O curso perderá toda a relevância se puder ser encontrado de graça em outras plataformas. Informe-se sobre direitos autorais e segurança no armazenamento online para não comprometer a credibilidade da instituição.
ALTERNATIVAS PARA O EAD
Mesmo com um bom planejamento estratégico, muitas instituições encontram desafios práticos na hora de migrar para o EAD. A falta de orçamento para investir em câmeras de gravação, microfones, aluguel de estúdio, edição do conteúdo ou capacitação da equipe, bem como o não entendimento sobre monetização de conteúdos online, faz muitos gestores não levarem o projeto adiante.
Existem plataformas de conteúdo para EAD que disponibilizam aulas e materiais complementares que ajudam as instituições a realizarem a transição. A Contentus Play é uma plataforma voltada para cursos de graduação e pós-graduação, que conta com mais de 500 disciplinas para compor grades curriculares nas áreas de exatas, humanas, jurídicas e sociais aplicadas, além de e-books e recursos interativos que complementam a aprendizagem. Conheça a plataforma aqui.