Por que a educação não será mais a mesma após a pandemia
14 de dezembro de 2020
A pandemia de Covid-19 chegou no Brasil no início de 2020 e trouxe consigo a demanda imediata pelo distanciamento social, dado o alto nível de transmissibilidade do vírus. Das escolas primárias às instituições de ensino superior, todo o sistema educacional brasileiro foi impactado pela pandemia e precisou recorrer a medidas emergenciais para driblar o cancelamento do ano letivo mesmo sem familiaridade ou experiência prévias com as novas tecnologias educacionais. A transição ao modelo EAD em ritmo de urgência colocou percalços na trajetória de muitas IES, mas também despertou os gestores para o grande potencial dos métodos e recursos que delineiam a educação do futuro.
Com a aprovação unânime do Conselho Nacional de Educação (CNE) para a prorrogação das aulas remotas até o fim de 2021, chegou a hora de discutir os ajustes necessários ao modelo EAD para que a educação brasileira consiga superar as fragilidades do sistema tradicional e abrir portas para um novo horizonte educacional alinhado às tendências de ensino. Com novas tecnologias, novas metodologias, novos currículos e novos espaços de aprendizagem (físicos e digitais), as instituições brasileiras passarão a atender aos parâmetros atualizados do mercado contemporâneo da educação.
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DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS DO SÉCULO 21
A empatia, a flexibilidade, a comunicação assertiva e a destreza para o trabalho em equipe estão entre as habilidades entendidas como competências do século 21. São competências socioemocionais (soft skills) altamente requisitadas no mercado de trabalho, que dificilmente serão substituídas por inteligência artificial mas que seguem defasadas pela supervalorização das competências técnicas (hard skills) nos currículos do atual sistema de ensino brasileiro. A mudança aponta para formações acadêmicas mais conectadas ao mundo real, com profissionais capacitados para atender não só às demandas operacionais, mas também às de cunho social e humano.
ATUALIZAÇÃO CURRICULAR E AVALIATIVA
Para formar profissionais que supram a lacuna de soft skills que afeta o mercado de trabalho contemporâneo, a mudança deve começar nas grades curriculares. É hora de abrir espaço para currículos baseados em competências (técnicas e socioemocionais) que se relacionem diretamente a problemas práticos da sociedade. A incorporação de projetos integradores ajuda a reduzir a distância entre o estudo teórico e a aplicação prática das habilidades desenvolvidas no ensino superior. A reformulação também precisa chegar aos métodos avaliativos, que devem descentralizar as notas em provas para englobar a evolução multidisciplinar do profissional em formação.
INCORPORAÇÃO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Não é de hoje que as longas aulas expositivas em sala vêm se mostrando incompatíveis aos novos hábitos de consumo de informação da geração atual de estudantes, fortemente inserida na cultura digital. As novas tecnologias educacionais são a ponte para uma aprendizagem mais autônoma e dinâmica. Os conteúdos digitais de qualidade disponibilizados em plataforma permitem que cada aluno respeite o próprio ritmo de aprendizado, tornando as dinâmicas em grupo mais produtivas. Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem simulam salas de aula online para que as trocas entre professor, aluno e colegas de classe permaneçam ativas, fomentando a produção coletiva de conhecimento. As bibliotecas digitais possibilitam acesso instantâneo a conteúdos atualizados, sem filas de espera e com recursos que otimizam a leitura, o que incentiva e eleva a qualidade da pesquisa acadêmica.
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EDUCAÇÃO HÍBRIDA E APRENDIZAGEM ATIVA
As aulas expositivas são importantes recursos de ensino, mas não devem ser os únicos. A educação do futuro percebe o conteúdo como ferramenta para a solução de um problema, na contramão do modelo atual onde “quanto mais conteúdo, melhor”. O ensino híbrido propõe a exposição de conteúdos à distância, por meio de videoaulas e demais recursos digitais, reservando os encontros presenciais para debate entre professor e alunos previamente informados sobre o assunto. Tal mecanismo favorece a aprendizagem ativa, que tira o estudante do lugar passivo onde “o professor ensina e o aluno aprende” para posicioná-lo como agente ativo e protagonista no processo de ensino-aprendizagem.
A instituição comprometida com a atualização de seus métodos é a que se destaca no mercado educacional, por oferecer uma experiência cada vez mais completa aos seus alunos. Explore as potencialidades do ensino híbrido na sua IES com o auxílio de quem entende de conteúdo! Conheça as soluções educacionais da Intersaberes, uma das 5 maiores editoras acadêmicas do Brasil: disciplinas para EAD em mais de 5.400 horas de videoaulas que compõem grades curriculares nas áreas das exatas, humanas, sociais aplicadas e jurídicas, além de recursos interativos e mais de 1100 e-books para bibliografia básica e complementar. Saiba mais!