Em 2023, a parceria entre educação e tecnologia já não é mais novidade. A incorporação de recursos digitais nos processos formativos está cada dia mais popular e procurada, acompanhando as preferências e os novos hábitos de consumo de informação dos estudantes contemporâneos.

Os resultados positivos registrados nas instituições de ensino superior brasileiras desmistificam um antigo receio, de que a tecnologia substitua o protagonismo dos educadores e o valor das trocas relacionais – fragilizando, assim, pilares fundamentais da ensino-aprendizagem. Pelo contrário: a tecnologia hoje se apresenta como potencializadora do ensino, que abre caminho para novos métodos educacionais através de experiências formativas inovadoras, mais inclusivas e atrativas. Contribui para a atualização do sistema tradicional de educação, já obsoleto em alguns de seus preceitos, e contempla uma nova parcela populacional antes posicionada à margem da capacitação profissional. 

Seja na modalidade presencial ou EAD, o uso ampliado da tecnologia na educação não deve ser encarado com olhar arbitrário; como algo certo ou errado. Trata-se de uma ferramenta que expande possibilidades, e deve ser empregada sempre com responsabilidade e embasamento pedagógico.

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Objetos de Aprendizagem

São chamados de Objetos de Aprendizagem estes recursos digitais aplicados no apoio à aprendizagem – podendo ser reutilizados ou referenciados em uma unidade formativa específica, ou organizados em módulos educacionais. São recursos que aproximam o estudante do conteúdo, para além da abordagem expositiva textual. Entre os Objetos de Aprendizagem frequentemente utilizados, estão:

• Vídeos;
• E-books;
• Imagens;
• Audiolivros;
• Questões;
• Animações;
• Simulações;

Isolados ou fora de contexto, os Objetos de Aprendizagem não podem ser enquadrados como recursos educacionais. Seu uso bem-sucedido enquanto parte da trajetória formativa depende de devida estruturação estratégica, com alinhamento ao projeto pedagógico de cada IES, bem como ao perfil do aluno, turma ou curso para o qual está sendo desenvolvido.

Existem três elementos basilares que norteiam o desenvolvimento de um Objeto de Aprendizagem: o objetivo (finalidade educacional pretendida com seu emprego); o conteúdo (material didático que dará apoio ao objetivo pretendido); e o feedback (resultado de seu uso, sinalizando – ou não – o cumprimento dos objetivos estabelecidos). Quando bem desenvolvido e sistematizado de acordo com as especificidades de seu público, o Objeto de Aprendizagem aprimora a interação com o conteúdo, facilita a apreensão de novos conhecimentos e, por consequência, gera melhores resultados.

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Contribuições dos Objetos de Aprendizagem

A correta aplicação dos Objetos de Aprendizagem, seja em cursos presenciais ou EAD, desencadeia uma série de melhorias à experiência formativa dos estudantes – além de elevar a qualidade dos serviços educacionais ofertados pela IES.

• Elevam a acessibilidade dos cursos, contemplando não somente pessoas portadoras de deficiências, mas também a diversidade de ritmos e habilidades identificados entre os integrantes de uma mesma turma;
• Promovem autonomia e interatividade ao longo do processo formativo, inviabilizando uma postura passiva na aprendizagem ao convocar para o efetivo envolvimento com os conteúdos;
• Incentivam a cooperatividade entre os estudantes no debate dos conteúdos e resolução das atividades, ao abrir espaço para a exposição de diferentes interpretações. Contribuem, também, no desenvolvimento de competências socioemocionais, como a comunicação e a liderança;
• Aumentam a motivação e o engajamento dos alunos com os conteúdos, por serem ferramentas dinâmicas, personalizáveis e tecnológicas;
• Facilitam a manutenção e atualização dos conteúdos (devido ao caráter digital), aumentando a confiabilidade sobre o material pedagógico apresentado. Podem, ainda, passar por adaptações para serem aplicados a novos propósitos educacionais. 

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