Com as transformações ocasionadas pela revolução digital dos anos 2000, já era previsto – e até mesmo inevitável – que a educação também fosse englobada pelas tendências de digitalização. Se a vida coletiva hoje passa pelas dinâmicas digitais, é imprescindível que o ensino superior se alinhe às novas lógicas para permanecer em sintonia com os estudantes de agora. Existem tecnologias modernas e altamente funcionais para que faculdades, centros universitários e universidades explorem novas possibilidades educacionais, e assim elevem a experiência formativa oferecida aos alunos.

O Censo da Educação Superior 2021 confirma essa tendência com números impressionantes. Entre o período de 2011 a 2021, as matrículas em cursos superiores de educação a distância cresceram 474%. Em 2021, 62,8% dos novos ingressantes em cursos de graduação optaram pela modalidade EAD. Pela primeira vez na história do país, o total de matrículas no ensino superior brasileiro registrou 51% em modalidade EAD e 49% em ensino presencial. São dados que evidenciam uma grande mudança no perfil educacional do Brasil.

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De 2011 a 2021

No mesmo intervalo entre 2011 e 2021, onde o número de ingressantes no ensino superior EAD aumentou 474%, a quantidade de novos matriculados em cursos presenciais diminuiu em 23,4%. Considerando que, em 2011, os ingressantes na modalidade EAD correspondiam a 18,4% de todos os novos matriculados no ensino superior brasileiro, em 2021 esse percentual atingiu a marca de 62,8%.

Entre 2020 e 2021

O aumento de matrículas no ensino superior a distância entre 2020 e 2021 foi impulsionado, sobretudo, pela oferta de EAD na rede privada. Nesse recorte temporal, a opção pela modalidade teve um acréscimo de 23,3%, enquanto o ingresso nas graduações presenciais sofreu redução de 16,5%. Considerando apenas a rede privada de ensino, 70,5% dos estudantes que ingressaram no ensino superior em 2021 optaram por cursos remotos. Em perspectiva macro, o percentual de estudantes matriculados na educação superior aumentou 32,8% entre 2020 e 2021 – o que simboliza um aumento médio de 2,9% ao ano.

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Educação Superior – pública e privada

O Censo da Educação Superior 2021 registrou 2.574 instituições de ensino superior operantes no Brasil – do total, 2.261 (87,68%) são privadas e 313 (12,2%) pertencem à rede pública. De toda a oferta disponível para novos ingressantes, 96,4% foi oferecida pela rede privada, enquanto 3,6% correspondeu à oferta da rede pública.

Futuro da educação superior brasileira

A explosão de procura e preferência pelo ensino a distância é resultado de vários fatores, que se delinearam e se fortaleceram ao longo da última década. A consolidação das ferramentas e metodologias voltadas ao EAD certamente aumentou a confiança dos estudantes sobre a modalidade. Também é preciso considerar que o preço médio de um curso EAD é 80% mais barato que um curso presencial. Mas, sobretudo, a cultura digital em conjunto com o protagonismo do estudante transformaram os cursos híbridos e a distância em um marco disruptivo em relação ao ensino tradicional – já antiquado para os alunos contemporâneos.

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